O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) espera encontrar, nos próximos meses, uma “solução equilibrada” para evitar que a tarifa de 50% sobre o café brasileiro importado pelos Estados Unidos, imposta pelo presidente Donald Trump, seja mantida. A medida entra em vigor na próxima quarta-feira e afeta também outros produtos.

Segundo o diretor-técnico Eduardo Heron, o aumento prejudica tanto o Brasil quanto os EUA, já que 76% dos norte-americanos consomem café e o Brasil responde por 34% desse mercado. Os EUA importaram 8 milhões de sacas brasileiras em 2024. A National Coffee Association (NCA) também atua junto a parlamentares americanos e à indústria para reverter a decisão.
O presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, disse que já houve antecipação de embarques para evitar o impacto imediato, mas que, se a tarifa persistir, poderá haver acúmulo de cargas e gargalos logísticos.
A situação não afeta apenas o café. A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) calcula que a taxação de 50% sobre carne bovina e derivados pode gerar perdas de US$ 1,3 bilhão em 2025. Os EUA respondem por quase 15% das exportações brasileiras do setor. A China segue como principal comprador de carne brasileira (43%).
No caso do Porto de Santos, Pomini afirma que está preparado para um eventual aumento de exportações antes da tarifa entrar em vigor, mas lembra que já houve uma corrida para embarcar produtos logo após o anúncio, em julho.

A Lecex segue acompanhando cada desdobramento desse cenário. Conte conosco para superar seus desafios logísticos e manter suas exportações no rumo certo.