Recentemente, a Lecex marcou presença na 2ª edição do Comex Tech Fórum, um evento que reuniu os maiores especialistas do setor para debater inovações tecnológicas e seus impactos no comércio exterior. Além das soluções tecnológicas, os participantes discutiram os desafios crescentes enfrentados pela cadeia global em meio às crises internacionais. O professor HOC destacou que 'com o aumento dos conflitos globais, os riscos geopolíticos podem resultar em bloqueios e alterações de rotas fundamentais para a navegação mundial, impactando diretamente as cadeias globais de suprimento'.
O problema mais atual ocorre nos portos dos Estados Unidos, onde a maior greve de estivadores em 50 anos está paralisando 36 importantes terminais, principalmente na Costa Leste e no Golfo. A greve foi desencadeada após longas negociações entre o sindicato dos trabalhadores portuários (ILA) e a Aliança Marítima (USMX), que não conseguiram chegar a um acordo satisfatório. A paralisação ameaça causar impactos profundos nas cadeias globais de suprimento, especialmente em um momento crítico do ano, quando a demanda por importações atinge seu pico devido ao aumento do consumo nas festividades de final de ano.
Além dos atrasos imediatos nas operações logísticas e comerciais, a greve pode gerar uma série de efeitos em cascata, desde a escassez de produtos até o aumento dos custos no transporte de mercadorias. Mesmo com uma resolução rápida, os efeitos dessa paralisação podem ser duradouros, com desajustes que possivelmente podem se estender até o início de 2025, exigindo esforços significativos para restabelecer a normalidade nas operações portuárias e no comércio internacional.
Somando-se a esses desafios, os eventos no Oriente Médio também agravam o cenário geopolítico global, intensificando suas implicações logísticas e comerciais. Diante desse cenário, nossa equipe de especialistas monitora continuamente a situação para garantir que as medidas mais eficazes sejam adotadas, minimizando os impactos em toda a cadeia global de suprimentos.
Após pressão da Casa Branca, a greve dos estivadores nos EUA foi suspensa. O sindicato, que representa 45 mil estivadores que atuam na Costa Leste e no Golfo, concordou em suspender a mobilização, iniciada no começo de outubro, até o dia 15 de janeiro de 2025. A ILA deve retomar o trabalho imediatamente, e o acordo dará ao sindicato e à U.S. Maritime Alliance mais tempo para negociar um novo contrato, com duração de seis anos, além de um acerto sobre aumentos salariais.
Os portos da região ainda precisam lidar com o acúmulo de embarques atrasados, portanto ainda podem ocorrer atrasos. Nosso time de especialistas está acompanhando o cenário para manter nossos clientes informados a cada nova atualização.